Os gatos sempre foram associados à Bruxaria e à Magia em todas as crenças populares, especialmente os gatos pretos. Nenhuma representação artística de uma cabana de bruxa dos tempos antigos poderia estar completa sem um gato por perto. A verdade é que toda raça felina tem um certo ar de mistério que lhes confere magia e estranhamento.
Desde o Egito, até Roma e o Norte europeu, eles aparecem como criaturas mágicas. Durante os julgamentos das bruxas no século XVII, era comum a acusação de que elas se transformavam em gatos. Os gatos pretos sempre possuíram um simbolismo ligado ao oculto e frequentemente eram tidos como guardiões ou espíritos familiares das bruxas. A grande verdade é que muitas delas deveriam acolher os felinos que perambulavam pelas ruas, dando-lhes abrigo e comida, e por esse motivo passaram a ser associadas a eles nos manuais de acusações.
Em muitos rituais pagãos de diversas culturas era comum o uso de máscaras de animais para simbolizar o guardião daquele mago em questão. Mesmo as bruxas na Idade Média podem ter usado máscaras semelhantes, pois o simbolismo é direto. Porém, não só relacionado a gatos – também lebres, cavalos, bodes, enfim, animais que faziam parte de seu cotidiano. O propósito era invocar as características daquele animal, o que é uma forma de homenagem.
As bruxas frequentemente eram acusadas de transformarem-se com o propósito de molestar as pessoas, ou para correrem sem alarde durante a noite, enquanto faziam algo misterioso. Oras, a Igreja Católica sempre foi perita em chamar de demônios tudo aquilo que não era particularmente cristão. Com as bruxas e os gatos não foi diferente. E, assim, foi-se criando um senso comum a respeito dos gatos e sua ligação com o “demônio”, o que não passa de uma ideia absurda.
Uma das estórias era que o demônio aparecia nos sabás das bruxas na forma de um enorme gato preto. ¬¬ Talvez a Igreja tenha lhe dado essa atribuição em função do antigo culto de veneração aos gatos no Egito Antigo. Além disso, diversos deuses pagãos tinham formas de animais. Chamar tudo de demônio era a solução ideal para afastar os pagãos.